Morte da Forever 21 é lição sobre se reinventar para continuar relevante
Vocês conhecem bem: a Forever 21 é uma varejista de moda com crescimento meteórico pelo mundo. Chegou a faturar bilhões de dólares até que mês passado entrou em recuperação judicial.
Na sequência deste acontecimento, muitos textos pipocaram explicando todos os erros e acertos da empresa, que já foi a queridinha dos jovens fashionistas.
Nas últimas décadas assistimos muitas empresas tradicionais de renome fracassarem, perderem sua relevância, importância e muitas quebrando e fechando as portas. Dos exemplos mais famosos — e também cansativamente citados por palestrantes — como Kodak e Blockbuster, a milhares de outros menos conhecidos.
Engana-se quem acredita que se trata apenas de empresas pré-internet. Para cada exemplo de empresa tradicional, encontraremos uma empresa digital que ficou pelo caminho.
Diferente de justificar causas e consequências de cada uma, acho que seria interessante analisar esses casos por outro ângulo: a surpresa que a morte de uma empresa famosa traz para algumas pessoas.
Gostamos de acreditar que as empresas duram pra sempre, mas é bem raro encontrar empresas de 150 anos. Muitas morrem na infância e, das que sobrevivem, a maioria absoluta viverá menos que um ser humano.
E, assim como os seres humanos, o auge dura pouco. Para ter uma ideia, a permanência média na lista da S&P 500 (maiores empresas norte americanas listadas na NYSE e NASDAQ) é de apenas 15 anos.
No fundo, seria possível resumir o erro como um só: não mudar. As razões são inúmeras, mas uma se destaca: a gigantesca aversão ao risco. Errar é importante. Errar é resíduo natural do processo de evolução, do aprendizado. É preciso errar rápido e acertar o rumo. Isso não tem sido feito pela maioria das empresas.
Como profissionais, nós também precisamos nos reinventar várias vezes para continuar sendo relevantes. E nesta jornada vamos colecionar cases de fracasso e de sucesso.
Mas a grande lição é entendermos que empresas são muito parecidas com seres humanos. O auge dura pouco, a morte é certa. A diferença é que nosso limite é físico; das empresas, mental.
Profissionais e empresas que não mudam –como os palestrantes gostam de dizer– o "mindset" [modo de pensar], vão continuar morrendo e sendo substituídos por outros.
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