Se os robôs roubarem nossos empregos, a renda básica vai resolver?
A história demonstra que a tecnologia cria mais empregos que destrói, mas cada vez mais encontramos pensadores e especialistas preocupados com a inteligência artificial. Estudos em todo mundo apontam que a automação criada pela IA pode gerar um desemprego gigantesco nos próximos anos, com taxas estratosféricas em países como China e Brasil.
Desta vez não estamos falando apenas de funcionários no chão de fábrica. Médicos, advogados e até programadores correm risco de perder seus empregos.
Na JP Morgan –para citar apenas um dos casos que ficou famoso– um software de análise de negócios financeiros fez em segundos o que antes levava 360 mil horas de suas equipes.
Algumas pessoas acreditam que a solução seria uma renda básica universal, ou seja, uma espécie de salário mínimo pago a todas as pessoas. Um salário em troca de nada. Se já foi complicado discutir a postergação dos anos para a aposentadoria, imagine discutir pagar um salário para todo mundo.
Acredite ou não, essa lei já existe no Brasil. Em janeiro de 2004, a Lei 10.835, foi aprovada pelo Congresso e sancionada pelo presidente. De acordo com a lei, todos os brasileiros e estrangeiros residentes há pelo menos cinco anos no país devem receber um benefício monetário suficiente para atender às despesas mínimas com alimentação, educação e saúde.
Em um momento de polarização tão complexa, talvez estejamos muito longe de conseguir discutir este assunto a fundo. Mas a discussão é mais necessária que nunca, pois a tecnologia atropela rapidamente o status quo e nos obriga a tratar de questões complexas.
O vídeo acima tem como proposta ser um pontapé inicial para esta discussão.
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