Blog do Cava http://blogdocava.blogosfera.uol.com.br Dicas, debates e vídeos para quem curte o universo maker --sempre com uma linguagem fácil, para quem ainda não é expert. Thu, 28 Nov 2019 07:00:48 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=4.7.2 Beleza não é tudo. Faz sentido o carro da Tesla ser feio (e fazer sucesso) http://blogdocava.blogosfera.uol.com.br/2019/11/28/beleza-nao-e-tudo-faz-sentido-o-carro-da-tesla-ser-feio-e-fazer-sucesso/ http://blogdocava.blogosfera.uol.com.br/2019/11/28/beleza-nao-e-tudo-faz-sentido-o-carro-da-tesla-ser-feio-e-fazer-sucesso/#respond Thu, 28 Nov 2019 07:00:48 +0000 http://blogdocava.blogosfera.uol.com.br/?p=94

Divulgação

Elon Musk divulgou o novo carro de sua empresa Tesla, uma picape. E não dá para dizer de outra forma, o carro é feio. Ponto.

Uma das explicações está no material. Por usar o mesmo aço que foi desenvolvido para os foguetes de outra empresa de Musk, a Space X, o material é tão resistente que os moldes quebravam ao tentar fazer formatos arredondados.

Remete muito a um termo criado pelo arquiteto Louis Sullivan em 1800 e bolinha: “forms follow function”. A forma segue a função. Conceito que foi muito usado na primeira década de internet, bem antes de surgir termos como design de usabilidade e de experiência.

Sim, o carro é feio e esquisito. Obviamente os memes surgiram aos montes. Alguns deles comparando com o Gurgel de décadas atrás. A picape Gurgel tinha motor de kombi, linhas retas e era feito de fibra de vidro. A mais tradicional versão do que eu chamaria de “forms follow low budget”, ou seja, a forma segue o orçamento.

Os memes são maravilhosos, mas não passam disso. Zueira never ends. Não podemos levar a sério. O problema é quando começam a pipocar os posts sérios de coachs no Linkedin e até de especialistas automotivos comparando os dois carros.

Gurgel pode ter sido, sim, inovador, empreendedor, pioneiro. Gurgel fez um carro elétrico 34 anos antes de Musk, mas um século antes disso, era comum ver carros elétricos andando nas ruas de Nova York. No osso, mesmo com todos os méritos de seu fundador, o carro Gurgel era apenas feio. Mas, ainda que alguns acreditem que Gurgel era mais inovador que Musk, o entendimento superficial de “se parece igual, é igual” beira ao ridículo.

E pior, coloca o design como a inovação do produto, justamente o “maior defeito” do carro. Digo defeito do carro, não da empresa, pois o design é uma prova de ousadia. E quem gosta de inovação admira demais isso. Principalmente no caso de Elon Musk, que só chegou onde chegou por ter apostado todas as fichas, várias vezes em alto risco.

Divulgação

O carro vendeu muito, incompreensível para muitos. Mas precisamos olhar além da superfície. Como pode ter sido um sucesso?

Peter Drucker dizia que “o que um cliente compra raramente é o que uma empresa pensa estar vendendo”. Ilustro este texto com uma historinha. Um mês antes da Disney lançar o filme “Big Hero 6” (no Brasil, “Operação Big Hero”), seu personagem principal Baymax já podia ser impresso em 3D por pessoas no mundo todo.

A iniciativa não partiu da Disney, era pura pirataria, o que daria uma reflexão em si, mas o assunto hoje é outro. Foram dezenas de milhares de downloads. E um monte de crianças pelo mundo felizes com o boneco – presenciei alguns casos.

O que é interessante neste caso é que estas impressoras 3D não industriais não têm a mesma qualidade de acabamento que produtos produzidos em larga escala, como os bonecos que compramos em lojas de brinquedo. Além disso, o modelo em si não tinha partes móveis. Os braços, pernas e cabeça eram fixos.

O que nos remete a mesma dúvida. Por que fez sucesso?

Existem algumas explicações possíveis. Primeiro: era um personagem bem interessante. Muitos queriam um boneco e o impresso 3D era a única opção. Segundo: por não estar à venda, era entendido como algo exclusivo, que poucas crianças tinham. Isso em si já é um atrativo. Terceiro: foi feito em uma impressora 3D. Se isso ainda é legal hoje, imagina em 2014.

A picape da Tesla vendeu 175 mil unidades nas primeiras 24 horas. Representa 8 bilhões em vendas de um produto que só será entregue em 2022, isso se a empresa não atrasar, algo bem comum em seu histórico. Daria para brincar e dizer que este é o financiamento coletivo mais bem-sucedido da história da humanidade. Ainda que 20% peça o depósito de volta (como aconteceu com outro modelo da Tesla que atrasou muito para ser lançado), é uma ótima garantia de vendas.

Estas pessoas não estão comprando um carro feio. Algumas estão comprando o amor pela tecnologia, em um carro que é mais parecido com um iPhone do que um carro tradicional. Um carro com o melhor sistema autônomo do mercado. Outras estão comprando o amor por inovação, em um carro cujo material foi desenvolvido para ser usado nos foguetes. Algumas estão comprando um propósito, o de investir na energia concorrente a combustão representado por um carro elétrico.

E parte das pessoas está comprando a possibilidade de vivenciar o futuro. Neste caso, nenhum formato é mais apropriado para isso. Muitas das nossas lembranças nostálgicas de filmes, desenhos e quadrinhos que falavam do futuro tinham exatamente esse mesmo design. O próprio nome e o logo deixam isso bem claro, nada mais cyberpunk do que Cybertruck escrito com esta fonte.

Quando o iPhone foi lançado, os críticos compararam com o Nokia N95. Nas descrições da caixa, o telefone da Apple era de longe o pior produto. Vocês sabem o final da história. Todo sucesso não compreendido é taxado de marketing. Daqui a pouco vão começar a falar que o Elon Musk tem campo de distorção da realidade igual ao Steve Jobs.

]]>
0
No futuro, você irá mudar seu conceito de beleza http://blogdocava.blogosfera.uol.com.br/2019/11/25/no-futuro-voce-ira-mudar-seu-conceito-de-beleza/ http://blogdocava.blogosfera.uol.com.br/2019/11/25/no-futuro-voce-ira-mudar-seu-conceito-de-beleza/#respond Mon, 25 Nov 2019 07:02:12 +0000 http://blogdocava.blogosfera.uol.com.br/?p=85

Hugh Herr perdeu as pernas, foi desacreditado pelos médicos e revolucionou o mercado de próteses (Divulgação)

Hugh Herr é escalador e uma das principais estrelas do TED. Entre seus vídeos no TED e Youtube, foram mais de 23 milhões de visualizações. Herr não ficou conhecido como escalador, mas por estar revolucionando a biotecnologia. Após perder suas duas pernas, fez mestrado em engenharia mecânica no MIT e doutorado em biofísica em Harvard. Desacreditado pelos médicos e motivado por seu drama pessoal, Herr revolucionou o mercado de próteses e agora está indo além. Neste final de ano, Herr esteve no Brasil para participar da HSM Expo e tive o prazer de conversar pessoalmente com ele.

Com dezenas de sensores e alguns microcontroladores, suas próteses inteligentes conseguem prever o movimento e permitem que as pessoas andem, dancem, corram e pratiquem esportes radicais como escalada.

Não satisfeito, Herr criou uma nova técnica para amputar pessoas, ligando os nervos para que eles possam ser usados naturalmente em conjunto com as próteses. Neste caso, a pessoa não precisa reaprender a usar o membro perdido.

O próximo passo será fazer a comunicação bidirecional, ou seja, o cérebro poder controlar a prótese e senti-la ao mesmo tempo.

Divulgação

Mas a grande provocação de Herr é afirmar que iremos bem além de ajudar pessoas com algum tipo de necessidade especial, estendendo o potencial do ser humano como um todo.

E quando isso acontecer, Herr acredita que muitos de nós não ficaremos satisfeitos em ter um corpo exclusivamente de carne e osso. E com isso, o próprio conceito de beleza irá mudar.

A tecnologia tem moldado nosso comportamento ao longo dos séculos. As grandes cidades, o mercado de trabalho, a educação. Muitas coisas que nem mesmo paramos para pensar são, pelo menos em parte, consequência das grandes revoluções tecnológicas. E hoje, com décadas de internet é bem fácil entender como a tecnologia vem mudando a cultura e comportamento, constantemente alterando a maneira como enxergamos o mundo.

O conceito de beleza já mudou ao longo dos séculos, mas uma coisa é falar que hoje tatuagens são bem aceitas ou até o fato de carecas serem mais charmosos que os cabeludos (gosto de acreditar nisso), outra bem diferente seria passear na avenida Paulista usando um terceiro braço e achar que isso será bem aceito.

Quando estivemos juntos, Herr me perguntou: por que não? E agora repasso a provocação a vocês.

]]>
0
Não basta fazer: engenheiros e criativos também precisam saber vender http://blogdocava.blogosfera.uol.com.br/2019/11/18/nao-basta-fazer-engenheiros-e-criativos-tambem-precisam-saber-vender/ http://blogdocava.blogosfera.uol.com.br/2019/11/18/nao-basta-fazer-engenheiros-e-criativos-tambem-precisam-saber-vender/#respond Mon, 18 Nov 2019 07:01:57 +0000 http://blogdocava.blogosfera.uol.com.br/?p=81

Vender é um assunto delicado para criativos e engenheiros, muitas vezes sendo entendido como algo menos importante ou até mesmo errado. Se você é daqueles que já se pegou pensando algo como “eu sou melhor que aquele cara, mas ele se vende melhor”, está na hora de termos uma conversa. No vídeo acima, dou dicas a respeito disso e mostro por que é preciso “aprender a vender”.

]]>
0
Por que é preciso cuidado com as fake news da tecnologia http://blogdocava.blogosfera.uol.com.br/2019/11/11/por-que-e-preciso-cuidado-com-as-fake-news-da-tecnologia/ http://blogdocava.blogosfera.uol.com.br/2019/11/11/por-que-e-preciso-cuidado-com-as-fake-news-da-tecnologia/#respond Mon, 11 Nov 2019 07:00:37 +0000 http://blogdocava.blogosfera.uol.com.br/?p=78 Nos próximos anos, tecnologias como robótica, inteligência artificial, impressão 3D e biotecnologia nos trarão desafios novos. Não apenas desafios técnicos, mas principalmente éticos, morais e legais.

Pela tecnologia, mudamos a maneira de pensar e agir. Como fazemos compras, como conversamos, como comemos, como nos locomovemos e assim por diante. Indo além, tem forte impacto em privacidade, política, empregos e segurança. E terá cada vez mais.

Este é um assunto sério e que precisa contar com a pressão e a participação da sociedade civil. E justamente por isso, não podemos cair no radicalismo e polaridade que outros assuntos têm sido tratados. Existe uma prática que pode dificultar imensamente essa discussão: as fake news da tecnologia. Aqueles conteúdos que colocam a tecnologia como vilã absoluta ou como salvadora da pátria.

Já entendemos o quanto política e economia mudam nossas vidas e como essas duas aéreas podem e são manipuladas. Agora precisamos entender que tecnologia também.

Isso vale para casos mais leves, como a imensa publicidade que o 5G está recebendo, sendo tratado como algo totalmente revolucionário. Dizendo que, por exemplo, vai resolver o problema de Internet das Coisas quando isso não é inteiramente verdade. Obviamente que no caso do 5G este não é um problema tão grande visto que o investimento na tecnologia é necessário e, portanto, o marketing em cima dela, também. O exagero pode ser perdoado ainda que as pessoas que divulgam a tecnologia como milagrosa estejam fazendo papel de bobas.

Mas existem outras ações que não são tão inocentes e que ganham muita atenção. É o caso da máquina que faz suco de laranja e usa a casca da fruta para fazer copos descartáveis. Magnífico. Reciclagem, economia circular e impressão 3D. Não tem como não viralizar e aparecer na timeline de todo mundo.

Acontece que, para fazer os copos, ela usa ácido poliláctico. Para quem não sabe o que é isso, este é o plástico mais comum usado nas impressoras 3D. Ele tem, sim, base biológica, mas não é biodegradável, é degradável. Aliás, esta é outra mentira que todo mundo repete. Todo plástico é degradável, mas poucos são biodegradáveis.

Sim, ainda é melhor que outros plásticos por uma série de motivos, mas, para degradar, ele precisa de condições específicas e, portanto, estações de reciclagem especiais. E conhecendo os plásticos compostos de impressão 3D, eu chutaria que eles devem estar usando no mínimo 70% de plástico com apenas 30% de casca.

A tecnologia utilizada (FDM) pela solução não é considerada “food safe” porque gera microporos que juntam bactérias. Este é o motivo pelo copo ser descartável, podem ser usados por um dia ou dois, mas não recomendado além disso.

Então, basicamente, estamos pegando a casca da laranja e juntando com bastante plástico em um copo que será usado uma ou duas vezes. E agora? Ainda acha a solução uma maravilha? Ainda acha que temos uma boa solução para fazer copos descartáveis?

É claro que, neste caso, é muito difícil para as pessoas entenderem o truque, visto que demanda um entendimento mais profundo sobre a tecnologia. Mas, na maioria dos casos, uma simples busca no Google seria capaz para mostrar que o produto não existe ou que a maneira como está sendo divulgada é mentirosa. O canal do YouTube Corridor, especialista em efeitos especiais criados por computador, criou uma versão 3D do fantástico robô da empresa Boston Dynamics em um vídeo onde ele se revolta contra os humanos.

Mesmo monstrando o making of no final do vídeo, deixando claro que ele é falso, partes do vídeo foram divulgadas por algumas pessoas como se fossem verdade. O vídeo seria muito bom para ser usado para gerar discussões sobre políticas mundiais limitando o uso de IA e armas automatizadas, mas viralizou na web apenas como se fosse verdade.

Outro exemplo: você já deve ter visto a robô Sophia. Ela conversa, faz mil expressões, demostra sentimentos, opiniões, faz piada e tudo mais. É realmente assustador como ela parece um ser vivo. Mas é absolutamente fake. O que chamamos de PR Stunt, ou seja, um golpe de publicidade para atrair a atenção dos consumidores.

Suas respostas são escritas por roteiristas e programadas em seu sistema, não diferente de qualquer robô de loja que você já conversou pelo Facebook ou WhatAapp. Na verdade, ainda pior, diferente de um chatbot com consumidores que não temos certeza sobre o que eles irão perguntar, em boa parte das entrevistas em programas de TV, o script de Sophia é cuidadosamente combinado e ensaiado, com perguntas e respostas combinadas para gerar mais graça ou espanto da audiência. Até mesmo suas expressões são manipuladas, com um ser humano usando um controle a distância.

Por estes motivos todos, a iniciativa já foi muito criticada por especialistas em inteligência artificial como Joanna Bryson (pesquisadora de Ética em IA na Universidade de Bath) e Yann LeCun, (Cientista Chefe de IA no Facebook). Porém, o que chamou mais atenção foi o fato da Arábia Saudita ter dado cidadania para Sophia, o que equivaleria ao Brasil dar cidadania a Lu, a personagem virtual da Magazine Luiza.

Na verdade, isso foi mais uma jogada de marketing, para promover um evento de tecnologia que rolou no país. E deu muito certo. Em parte porque alguns jornalistas não têm tempo – ou não se preocuparam – em ir mais a fundo na notícia. Até porque, a notícia sobre a cidadania é verdadeira e criticar como estou fazendo aqui não é compreendido por alguns com o papel do jornalismo.

Mas esta discussão é muito mais profunda e não se limita ao jornalismo, mas a todos nós. Em época de fake news e discussões acaloradas é muito difícil pedir isso, mas todos nós precisamos ter pé atrás com tudo o que estamos lendo. Vocês já sabem que isso vale para política e outros assuntos. Meu alerta aqui é apenas dizer o óbvio, isso também vale para a tecnologia.

]]>
0
Sua empresa é medíocre? Por que identificar isso é tão importante http://blogdocava.blogosfera.uol.com.br/2019/11/04/sua-empresa-e-mediocre-por-que-identificar-isso-e-tao-importante/ http://blogdocava.blogosfera.uol.com.br/2019/11/04/sua-empresa-e-mediocre-por-que-identificar-isso-e-tao-importante/#respond Mon, 04 Nov 2019 07:00:20 +0000 http://blogdocava.blogosfera.uol.com.br/?p=74

Já parou para pensar se a sua empresa é medíocre? Não, não é uma agressão gratuita, mas definir qual o objetivo real da sua empresa e como ela funciona é importante para entender porque empresas com a Apple conseguem inovar e outras não.

No vídeo acima, apontamos as razões para entender se o que você está fazendo é medíocre e o que você deve fazer para não seguir esse caminho na sua companhia.

]]>
0
Regra europeia para produtos mais duráveis deve impulsionar inovação maker http://blogdocava.blogosfera.uol.com.br/2019/10/28/regra-europeia-para-produtos-mais-duraveis-deve-impulsionar-inovacao-maker/ http://blogdocava.blogosfera.uol.com.br/2019/10/28/regra-europeia-para-produtos-mais-duraveis-deve-impulsionar-inovacao-maker/#respond Mon, 28 Oct 2019 07:00:22 +0000 http://blogdocava.blogosfera.uol.com.br/?p=61

A Europa continua dando exemplo –agora adotando novas regras para várias categorias de eletrônicos, como geladeiras, máquinas de lavar (roupa e pratos) e televisores.

Continuando seu objetivo de eficiência energética e tornar a conta elétrica dos consumidores menor, as medidas incluem requerimentos para facilitar o reparo e a reciclagem dos aparelhos, contribuindo para a economia circular.

Entre as medidas estão a obrigatoriedade de manter peças de reposição por dez anos, todas as informações e diagramas para técnicos profissionais independentes e a proibição de usar ferramentas especiais.

Makers sempre sofreram com isso. Outro dia precisei usar uma chave Tri Wing para arrumar um produto que comprei. Nunca ouviu falar nessa chave? Pois então, essa é ideia. Muitos fabricantes usam parafusos diferentes para dificultar que consumidores arrumem seus produtos.

Na minha não humilde opinião, a ideia para aumentar o tempo de vida e a manutenção dos equipamentos vai acabar trazendo consequências muito boas em outras frentes, como por exemplo, empresas adotando impressão 3D para peças de reposição e permitir que makers criem melhorias e inovações para estes produtos.

A medida para salvar o dinheiro dos consumidores pode gerar dinheiro também no lado da inovação. Um ganha-ganha incrível. Bem vindo aos novos tempos.

Go, makers, go.

]]>
0
Morte da Forever 21 é lição sobre se reinventar para continuar relevante http://blogdocava.blogosfera.uol.com.br/2019/10/21/morte-da-forever-21-e-licao-sobre-se-reinventar-para-continuar-relevante/ http://blogdocava.blogosfera.uol.com.br/2019/10/21/morte-da-forever-21-e-licao-sobre-se-reinventar-para-continuar-relevante/#respond Mon, 21 Oct 2019 06:00:29 +0000 http://blogdocava.blogosfera.uol.com.br/?p=64

Vocês conhecem bem: a Forever 21 é uma varejista de moda com crescimento meteórico pelo mundo. Chegou a faturar bilhões de dólares até que mês passado entrou em recuperação judicial.

Na sequência deste acontecimento, muitos textos pipocaram explicando todos os erros e acertos da empresa, que já foi a queridinha dos jovens fashionistas.

Nas últimas décadas assistimos muitas empresas tradicionais de renome fracassarem, perderem sua relevância, importância e muitas quebrando e fechando as portas. Dos exemplos mais famosos — e também cansativamente citados por palestrantes — como Kodak e Blockbuster, a milhares de outros menos conhecidos.

Engana-se quem acredita que se trata apenas de empresas pré-internet. Para cada exemplo de empresa tradicional, encontraremos uma empresa digital que ficou pelo caminho.

Diferente de justificar causas e consequências de cada uma, acho que seria interessante analisar esses casos por outro ângulo: a surpresa que a morte de uma empresa famosa traz para algumas pessoas.

Gostamos de acreditar que as empresas duram pra sempre, mas é bem raro encontrar empresas de 150 anos. Muitas morrem na infância e, das que sobrevivem, a maioria absoluta viverá menos que um ser humano.

E, assim como os seres humanos, o auge dura pouco. Para ter uma ideia, a permanência média na lista da S&P 500 (maiores empresas norte americanas listadas na NYSE e NASDAQ) é de apenas 15 anos.

No fundo, seria possível resumir o erro como um só: não mudar. As razões são inúmeras, mas uma se destaca: a gigantesca aversão ao risco. Errar é importante. Errar é resíduo natural do processo de evolução, do aprendizado. É preciso errar rápido e acertar o rumo. Isso não tem sido feito pela maioria das empresas.

Como profissionais, nós também precisamos nos reinventar várias vezes para continuar sendo relevantes. E nesta jornada vamos colecionar cases de fracasso e de sucesso.

Mas a grande lição é entendermos que empresas são muito parecidas com seres humanos. O auge dura pouco, a morte é certa. A diferença é que nosso limite é físico; das empresas, mental.

Profissionais e empresas que não mudam –como os palestrantes gostam de dizer– o “mindset” [modo de pensar], vão continuar morrendo e sendo substituídos por outros.

]]>
0
Alguém aí acha que a lei de dados vai “pegar”? http://blogdocava.blogosfera.uol.com.br/2019/10/14/alguem-ai-acha-que-a-lei-de-dados-vai-pegar/ http://blogdocava.blogosfera.uol.com.br/2019/10/14/alguem-ai-acha-que-a-lei-de-dados-vai-pegar/#respond Mon, 14 Oct 2019 07:00:30 +0000 http://blogdocava.blogosfera.uol.com.br/?p=58 Quem aqui está otimista com a LGPD, a Lei Geral de Proteção de Dados, levanta a mão.

Preciso da sua ajuda para ficar otimista também. Por favor, comente por que você acredita que a lei vai pegar no país onde as leis não costumam pegar.

Será a multa? Alguém me lembrou outro dia que as empresas de telecomunicações pagam apenas 12% das multas aplicadas pela agência reguladora do setor, a Anatel.

O mercado de Telecom é apenas um exemplo. Com a velocidade de nossa Justiça e a leniência de governos, fica fácil não ligar para o consumidor.

Como sabemos, as agências reguladoras foram politizadas, perderam a participação da sociedade civil e estão sempre sem orçamento necessário para realizar seu trabalho com eficiência.

E o que falar dos dados que são cuidados pelo Estado? Vocês estão acompanhando o vazamento de dados de quase uma centena de milhões de pessoas pelo Detran?

Como vamos controlar e punir o setor público, que raramente é punido por suas falhas e falcatruas?

A esperança talvez venha de fora, assim como aconteceu com a SOX, lei criada nos EUA para evitar novos escândalos como Enron e WorldCom. Empresas norte-americanas e europeias terão problemas legais caso seus parceiros estrangeiros não se enquadrem nas mesmas condições.

A GDPR, lei da União Europeia para proteção de dados, já está forçando as empresas do mundo todo a se adaptarem.

Empresas brasileiras que exportam seus produtos ou se relacionam com empresas gringas talvez se sintam pressionadas a proteger melhor seus dados para não perderem negócios.

O mais triste disso tudo é ser novamente relegado a colônia: ter esperança que a melhora venha de fora, da pressão das empresas e governos estrangeiros.

Então, peço aos otimistas que escrevam nos comentários algum motivo para que eu fique mais animado com a nova lei.

]]>
0
Estão cada vez mais acessíveis: por que sua empresa ainda terá robôs http://blogdocava.blogosfera.uol.com.br/2019/10/07/estao-cada-vez-mais-acessiveis-por-que-sua-empresa-ainda-tera-robos/ http://blogdocava.blogosfera.uol.com.br/2019/10/07/estao-cada-vez-mais-acessiveis-por-que-sua-empresa-ainda-tera-robos/#respond Mon, 07 Oct 2019 07:00:34 +0000 http://blogdocava.blogosfera.uol.com.br/?p=54

Robôs são sistemas criados para automatizar tarefas de humanos e já estão espalhados por aí sem você nem perceber. Podendo ser um hardware ou software, essa tecnologia não para de crescer e, com absoluta certeza, está ou estará na sua empresa um dia.

Até equipamentos que eram caros antigamente, como braços robóticos que são mais famosos pelas fábricas automotivas, estão a um preço que já atrai pequenas e médias empresas – ou até makers. No vídeo acima, mostramos como esses objetos podem aumentar a produtividade de uma pessoa ou companhia – seja em usos bobinhos ou mais sérios.

]]>
0
Movimento maker: o que é e como fazer parte dessa nova cultura http://blogdocava.blogosfera.uol.com.br/2019/09/30/movimento-maker-o-que-e-e-como-fazer-parte-dessa-nova-cultura/ http://blogdocava.blogosfera.uol.com.br/2019/09/30/movimento-maker-o-que-e-e-como-fazer-parte-dessa-nova-cultura/#respond Mon, 30 Sep 2019 07:00:10 +0000 http://blogdocava.blogosfera.uol.com.br/?p=52

A palavra “Maker” está na moda. Escolas, startups e empresas de todo porte têm utilizado o ‘aprender fazendo’ e outras características do universo maker para desenvolver novas habilidades, além de aprender novas tecnologias.

Mas o que é ser um maker? Por que você deveria virar um maker e como fazer isso? Neste vídeo tento responder todas essas dúvida.

]]>
0