Se os robôs roubarem nossos empregos, a renda básica vai resolver?
UOL Tecnologia
14/08/2019 04h00
A história demonstra que a tecnologia cria mais empregos que destrói, mas cada vez mais encontramos pensadores e especialistas preocupados com a inteligência artificial. Estudos em todo mundo apontam que a automação criada pela IA pode gerar um desemprego gigantesco nos próximos anos, com taxas estratosféricas em países como China e Brasil.
Desta vez não estamos falando apenas de funcionários no chão de fábrica. Médicos, advogados e até programadores correm risco de perder seus empregos.
Na JP Morgan –para citar apenas um dos casos que ficou famoso– um software de análise de negócios financeiros fez em segundos o que antes levava 360 mil horas de suas equipes.
Algumas pessoas acreditam que a solução seria uma renda básica universal, ou seja, uma espécie de salário mínimo pago a todas as pessoas. Um salário em troca de nada. Se já foi complicado discutir a postergação dos anos para a aposentadoria, imagine discutir pagar um salário para todo mundo.
Acredite ou não, essa lei já existe no Brasil. Em janeiro de 2004, a Lei 10.835, foi aprovada pelo Congresso e sancionada pelo presidente. De acordo com a lei, todos os brasileiros e estrangeiros residentes há pelo menos cinco anos no país devem receber um benefício monetário suficiente para atender às despesas mínimas com alimentação, educação e saúde.
Em um momento de polarização tão complexa, talvez estejamos muito longe de conseguir discutir este assunto a fundo. Mas a discussão é mais necessária que nunca, pois a tecnologia atropela rapidamente o status quo e nos obriga a tratar de questões complexas.
O vídeo acima tem como proposta ser um pontapé inicial para esta discussão.
Sobre o Autor
Ricardo Cavallini é jurado do programa Batalha Makers Brasil, fundador da plataforma Makers e criador do RUTE, o kit educacional eletrônico mais acessível do mundo. Já escreveu seis livros sobre tecnologia, negócios e comunicação, foi apontado como uma das mentes mais inovadoras do setor no Brasil e recebeu dezenas de prêmios internacionais. Além de ter fundado a primeira agência digital do país, foi diretor de empresas como F/Nazca Saatchi & Saatchi, Euro RSCG 4D, W/Brasil e Organic inc. Na WMcCann, era vice-presidente de convergência.
Sobre o Blog
No blog, vai trazer dicas, debates e os vídeos que faz para quem curte o universo maker --sempre com uma linguagem fácil, para quem ainda não é expert.